Redesignado julgamento de policial acusado de matar moça

A pedido da defesa, o juiz do Tribunal do Júri de Ceilândia redesignou para o dia 13 de maio, a partir das 8h30, o julgamento de um policial de 44 anos acusado de atirar em pessoas durante uma festa, matando uma moça. O motivo do adiamento foi a ausência de uma testemunha cujas declarações a defesa considera importantes para o julgamento da causa. O crime aconteceu por volta das 19h30 do dia 26 de fevereiro de 2012, em frente ao Lava-Jato do Geraldinho, na QNM 6 de Ceilândia.

Conforme a denúncia, o policial militar Fábio Conceição Braga, “mediante o emprego de uma arma de fogo da corporação, tipo pistola, efetuou disparos na direção de um grupo de pessoas e atingiu Ângela Martins Rabelo na região frontal, matando-a”. Consta que ocorria uma festa em um lava-jato e que Fábio, “após discutir com seguranças, organizadores e convidados do local, sacou a arma da corporação e passou a efetuar disparos em direção às pessoas presentes no evento, logrando atingir a vítima na parte frontal de seu crânio”. Para a acusação, o motivo do crime é fútil, já que o réu “passou a discutir com o organizador e seguranças da festa por ter sido alertado de que se tratava de uma festa particular, para a qual não era convidado e por se recusar a contribuir com dinheiro para a compra de bebidas”.

Ouvido em juízo, o réu confirmou ter efetuado cerca de três disparos no local da festa, no momento em que as pessoas estariam indo em sua direção. Disse que estava discutindo com um rapaz que lhe desferiu um murro ao qual retribuiu com um tapa, levando o adversário ao chão. Contou que estava em um canto, próximo a uma rampa e não pôde sair. Explicou que, a partir desse momento, algumas pessoas o encurralaram e ele, após algum tempo, efetuou os disparos.

Fábio foi pronunciado para responder perante júri popular por homicídio qualificado por motivo fútil (artigo 121, § 2º, II, do Código Penal).

Processo nº 2012.03.1.007911-4